O Núcleo de Educação Popular - Paulo Freire (Nep), vinculado ao CCSE/UEPA, foi o vencedor do Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos (PNEDH) - na terceira categoria, A Formação, a Pesquisa e a Extensão Universitária em Educação em Direitos Humanos, com o projeto "Educação do campo e Direitos Humanos", cujo objetivo foi promover a formação de educadores populares para atuarem na alfabetização de jovens e adultos no interior do PA, em comunidades rurais ribeirinhas, a fim de propiciar um debate sobre a realidade dessas populações e da Amazônia.
O Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos é realizado pela Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura, em parceria com a Fundação SM, o Ministério da Educação e a Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República.
Confira o Vídeo abaixo.
SOBRE O NEP:
Criado em 2002, a partir do projeto ProAlto – uma iniciativa dos alunos do curso de Pedagogia da UEPA – o NEP tem a professora Ivanilde Apoluceno como coordenadora. Segundo ela, o Núcleo surgiu de uma reformulação do ProAlto e, inicialmente, atendia uma turma de 20 pessoas, na Vila da Barca. Desde então, o grupo já atendeu mais de 300 pessoas, entre crianças, jovens e adultos.
Batizado com o nome do educador Paulo Freire (1921-1997), o Núcleo usa sua obra como referência epistemológica e suas atividades procuram perceber as características básicas de cada grupo social atendido, desenvolvendo uma metodologia própria de ensino, que foge aos padrões tradicionais de alfabetização.
Alunos e professores da Uepa dos cursos de Pedagogia, Formação de Professores, Ciências da Religião, Matemática, Educação Artística e Terapia Ocupacional e ainda dez ex-alunos da universidade trabalham no desenvolvimento do projeto, além da equipe de organização, formada pela professora Ivanilde Apoluceno, Elizabeth Teixeira, Tânia Lobato, Alexandre Damasceno e Mário Brasil. "Educação Popular” é o tema desenvolvido através do ensino, pesquisa e extensão pelos dez grupos de trabalho que formam o NEP. São seis linhas de pesquisa: educação dejovens e adultos, educação inclusiva, educação e saúde, educação do campo, educação infantil e escolarização básica e etno-matemática.
O NEP trabalha com pessoas que não tem possibilidades de acesso à escola. E como incentivo para o adulto retornar às salas de aula, nos municípios de São Domingos do Capim e São João da Ponta acontece a capacitação dos professores para educar os adultos da região. Ainda no interior do estado, os adultos recebem educação no Centro comunitário de Benfica. Em Belém, o NEP também atua no Hospital de Clínicas, com turmas de crianças e adultos que são pacientes psiquiátricos. Os idosos também são alvos do projeto e têm acesso ao ensino no Lar da Providência. No Centro Social de Nazaré, situado na Basílica, crianças e adolescentes acima de nove anos são atendidos pelo núcleo.
O NEP ainda faz parte do projeto Educamazônia, formado por um convênio entre Uepa, Universidade Federal do Pará (Ufpa), Museu Emílio Goeldi e Secretaria de Educação (Seduc), que faz um levantamento das experiências educativas e boas práticas em educação no campo. E ainda compõe o projeto Saberes da Terra, com uma parceria entre a Uepa e os Ministérios da Educação, do Trabalho e do Emprego e do Desenvolvimento Agrário na construção e implantação de políticas de educação do campo em todas as regiões do país.
O grupo possui três livros publicados baseados no trabalho desenvolvido: Palavra-ação em Educação de Jovens e Adultos, de Ivanilde Apoluceno e Mário Brasil; Caderno de Atividades Pedagógicas em Educação Popular: Pesquisa Práticas e Educativas de Inclusão Social, de Ivanilde Apoluceno; e Cartografias Ribeirinhas: Saberes e Representação sobre Práticas Educativas de Inclusão Social, também da professora Ivanilde.
FONTE: Universidade do Estado do Pará. Pró-Reitoria de Graduação. Guia Acadêmico. 15 ed. Rev. Atual. Belém/PA: PROGRAD/UEPA, 2010.
SERVIÇO:
Núcleo de Educação Popular – NEP/CCSE/UEPA.
Tv. Djalma Dutra, s/n, Campus I, Bloco IV - térreo.
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